quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Presidente do BC acredita em queda expressiva da inflação nos próximos meses

O Brasil viverá, nos próximos oito meses, um período de redução expressiva da inflação que, até abril de 2012, deve sofrer queda de dois pontos percentuais. A avaliação é do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, que participou nesta quinta-feira (4/8) do programa de rádio Bom Dia Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

“A inflação está num pico neste mês de agosto e daqui para frente ela cai de forma expressiva – dois pontos de percentagem nos próximos oito meses –, de forma que o Banco Central está focado na meta de 4,5% em 2012. Nós estamos no caminho certo”, ponderou.

Sobre a situação financeira internacional, Tombini afirmou que o “Brasil acompanha a questão de forma muito criteriosa” e que “está muito bem preparado para um ambiente internacional mais desafiador”. Ele acrescentou que atualmente o país possui mais reservas internacionais e depósitos compulsórios – recursos que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central – do que tinha antes da crise de 2008. Essas duas ferramentas – segundo o presidente do BC – foram importantes para que o Brasil superasse de forma rápida a crise de 2008.

Mercado de crédito – Alexandre Tombini frisou que o crescimento do crédito no Brasil nos últimos anos tem acontecido de forma dinâmica e segura e que o BC tem adotado medidas no sentido de inibir que os bancos realizem operações de risco muito elevado e de evitar que as famílias se endividem em demasia. O volume de crédito na economia brasileira dobrou nos últimos anos, se aproximando da marca de 50% do PIB. Segundo o presidente do BC, essa expansão propiciou a melhoria das condições de vida de milhões de famílias e também beneficiou o setor produtivo.

“Naturalmente esse é um momento de moderação na economia brasileira e o crédito cresce menos que no ano passado, mas ainda assim de forma vibrante”, disse Tombini.

Ouça abaixo íntegra da entrevista com o presidente do BC, Alexandre Tombini:

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