quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Governo lança plano de combate ao crack; investimentos chegam a R$ 4 bi até 2014

Yara Aquino e Paula Laboissière
Repórteres da Agência Brasil

O governo federal lançou hoje (7) um conjunto de ações para o enfrentamento ao crack, com previsão de investimento de R$ 4 bilhões até 2014. As ações estão estruturadas em três eixos – cuidado, prevenção e autoridade – e serão desenvolvidas de forma integrada com estados e municípios.

No eixo cuidado estão previstas iniciativas para ampliar a oferta de tratamento de saúde aos usuários de drogas e a qualificação de profissionais. Será criada a rede de atendimento Conte com a Gente, com estrutura diferenciada para atender pacientes em diferentes situações e auxiliar dependentes químicos na superação do vício e na reinserção social.

Outra ação na área de cuidado será a criação de enfermarias especializadas nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), com investimentos de R$ 670,6 milhões para a criação de 2.462 leitos exclusivos para usuário de drogas.

Esses leitos serão usados para atendimentos e internações de curta duração durante crises de abstinência e em casos de intoxicações graves. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para estimular a implantação desses espaços, o valor da diária de internação repassado pela pasta aos estados e municípios poderá ser quatro vezes maior – de R$ 57 para até R$ 200.

“É muito bom ter um plano que tem o cuidado como grande prioridade. Temos que distinguir o que precisa ser distinto. O que precisa de repressão é o traficante e o contrabando. O usuário precisa de serviços abertos”, disse Padilha.

O eixo prevenção terá foco nas escolas, nas comunidades e na comunicação com a população. Serão capacitados 210 mil educadores e 3,3 mil policiais militares para atuarem na prevenção ao uso de drogas em 42 mil escolas públicas. Líderes comunitários também devem receber capacitação até 2014.

Serão feitas ainda campanhas específicas para informar, orientar e prevenir a população sobre o uso do crack e de outras drogas.

No eixo autoridade, as ações policiais se concentrarão em duas frentes: nas fronteiras e nos centros consumidores. Entre as metas estão o policiamento ostensivo nos pontos de uso de drogas das cidades e a revitalização dos espaços que são reconhecidamente pontos de consumo.

O eixo prevê ainda a atuação integrada das polícias estaduais com as polícias Federal e Rodoviária Federal na área de inteligência e investigação para identificar e prender traficantes e desarticular organizações de tráfico de drogas.

“Não podemos ignorar essa realidade. Precisamos enfrentá-la”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “As equipes serão treinadas para orientar os usuários a procurar o serviço de saúde à disposição. As ações só começarão quando o serviço de saúde tiver condições de atender as pessoas”, acrescentou.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Minha Casa, Minha Vida contratou, em 2011, a construção de 354 mil moradias em todo o país

O programa Minha Casa, Minha Vida 2 contratou, em 2011, a construção de 354 mil moradias em todo o país. Além disso, foram concluídas as obras de mais de 400 mil casas e apartamentos. Outras 500 mil unidades habitacionais estão em obras. O balanço foi feito pela presidenta Dilma Rousseff no programa de rádio Café com a Presidenta transmitido hoje (5).

“O Minha Casa, Minha Vida é o maior e mais amplo programa de habitação que o país já teve, podemos nos orgulhar disso. E sua prioridade é atender a população de baixa renda – este é um investimento que vale a pena”, disse a presidenta ao comentar o investimento no valor de R$ 125,7 bilhões para a construção de dois milhões de moradias até 2014.

Na primeira fase do programa, que começou no governo do ex-presidente Lula, foram contratados mais de um milhão de casas, informou Dilma Rousseff.

“É o sonho da casa própria, o sonho de muitos brasileiros e brasileiras se tornando realidade.”

Ela acrescentou que os investimentos na construção civil ajudam o Brasil a enfrentar a crise econômica internacional que está afetando os Estados Unidos e o os países da Europa, porque mantém o mercado de trabalho aquecido. Até outubro de 2011, o setor já abriu mais de 309 mil vagas.

“Com mais empregos e com mais consumo, a economia se mantém em crescimento.”

De acordo com a presidenta, a partir deste ano, 60% das moradias construídas na segunda etapa do programa, ou seja, 1,2 milhão de unidades irão para as famílias que ganham até R$ 1,6 mil. E o governo, informou, vai ajudá-las a pagar as prestações da casa própria.

A família que ganha menos de R$ 500,00 vai pagar uma prestação de R$ 50,00 por mês. Quem ganha mais, vai comprometer apenas 10% de sua renda. Nos dois casos, as prestações serão pagas durante dez anos, e a diferença entre o valor pago e o custo da casa fica por conta do governo para que ninguém acumule dívida.

Ouça abaixo a íntegra do programa Café com a Presidenta.