segunda-feira, 11 de junho de 2012

Brasil será foco mundial durante a Rio+20


Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

A dois dias da abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, de 13 a 22 de junho, o mundo se volta para o Rio de Janeiro. No que depender do Brasil, o encontro se tornará uma referência internacional na defesa do meio ambiente com desenvolvimento sustentável e inclusão social. Para os brasileiros, é fundamental concentrar as discussões na erradicação da pobreza como elemento essencial à sustentabilidade.

Por enquanto, 115 chefes de Estado (presidentes da República) e de Governo (o equivalente a primeiro-ministro) confirmaram presença. Em discussão, a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza.

Um dos destaques das discussões será a execução de programas sociais de transferência de renda no Brasil. As autoridades brasileiras defendem que durante a Rio+20 sejam definidas medidas que avancem no combate à pobreza e à fome, assim como no fortalecimento do multilateralismo e nas metas fixadas pelas Nações Unidas para o milênio.

Para especialistas, a conferência deve confirmar que os resultados dos esforços conjuntos só ocorrerão se houver atividades e programas que atendam às diferentes realidades dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Em relação à estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, as discussões devem ter como foco as áreas econômica, social e ambiental. Nos últimos anos, líderes políticos estimularam as discussões sobre a possibilidade de pôr em prática programas voltados ao desenvolvimento econômico, ao bem-estar social e à proteção ambiental, organizados de forma conjunta.

Nas propostas já apresentadas estão a reforma da Comissão sobre Desenvolvimento Sustentável (CDS) cujo objetivo é a execução das metas, fixadas há 20 anos, na Rio92. Também há recomendações para reformas nas instituições ambientais internacionais, pois vários líderes políticos argumentam que é necessário fortalecer o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

A ideia é assegurar propostas que garantam o aumento dos recursos disponíveis ao Pnuma para a implementação de projetos em países em desenvolvimento. A reforma da estrutura do Pnuma deve considerar o equilíbrio entre as questões sociais, econômicas e ambientais. Políticos, especialistas, representantes de organizações não governamentais, integrantes de comunidade indígenas, quilombolas e ribeirinhos estarão presentes.

As discussões da Rio+20 ocorrerão em locais distintos da cidade do Rio de Janeiro. Os políticos se concentrarão no Riocentro, no bairro da Barra da Tijuca, especialistas, pesquisadores e sociedade civil se intercalarão em debates no Parque do Flamengo, Museu de Arte Moderna, Forte de Copacabana e Parque dos Atletas.

Edição: Talita Cavalcante

Índice que reajusta contratos de aluguel diminui na primeira prévia de junho


Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), usado para o reajuste de contratos de aluguel, ficou em 0,68% na primeira prévia de junho. O resultado é menor do que o do mesmo período de maio, 0,89%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o índice acumula alta de 3,2%. Nos últimos 12 meses, a taxa chega a 5,1%

Dois dos subíndices do IGP-M diminuíram na passagem de um mês para o outro. O Índice de Preços do Produtor Amplo (IPA), responsável por 60% da taxa global, passou de 1,15% para 0,64%. A queda é resultado da redução de preços de bens finais (de 0,88% para 0,05%), influenciada pelos itens alimentos processados, cuja taxa diminuiu de 2,16% para 0,04%.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), responsável por 30% do IGP-M, passou de 0,29% para 0,19%, entre maio e junho. Cinco das oito classes de despesas tiveram redução, com destaque para o grupo transporte (de 0,13% para -0,73%). O resultado foi influenciado ainda pela queda nos preços do item automóvel novo, de -038% para -3,24%, destacou a FGV.

No período pesquisado, o consumidor também economizou com saúde e cuidados pessoais, cujo índice teve redução de 0,97% para 0,53%; com habitação, de 0,29% para 0,17%; além de educação, leitura e recreação, de 0,17% para 0,09%. Nessas classes de despesa, ficaram mais baratos remédios, tarifa de energia, passagens aéreas e cigarro.

Por outro lado, subiram os preços das classes vestuário (de 0,4% para 1,14%), alimentação (de 0,17% para 0,32%) e comunicação (de -0,2% para 0,09%). Com a troca de coleção nas lojas, roupas ficaram mais caras, assim como hortaliças e legumes e tarifas de telefone fixo residencial.

O Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC), que responde por 10% da taxa global, registrou movimento oposto ao dos demais componentes e subiu de 0,61% para 1,9%, em junho. O indicador reflete o resultado de materiais, equipamentos e serviços (de 0,33% para 0,32%) e de mão de obra, de 0,88% para 3,61%.

Para calcular a primeira prévia do IGP-M de junho, a FGV coletou preços entre os dias 21 e 31 de maio.

Edição: Juliana Andrade

Brasil mostra que é possível crescer, incluir e proteger meio ambiente

"É o resultado da forte ação do governo na fiscalização: punindo e impedindo o desmatamento ilegal"

Reconhecido internacionalmente como referência na área ambiental, o Brasil conseguiu reduzir fortemente o desmatamento ilegal na Amazônia nos últimos anos, e tem demonstrado grande capacidade de combinar a proteção da natureza com a redução da pobreza e o crescimento econômico. No programa de hoje, a presidenta Dilma Rousseff fala sobre a queda no desmatamento ao menor índice da história, e das ações do governo para o desenvolvimento sustentável, como a regulamentação das compras públicas e a criação de novas unidades de conservação.