quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mercadante mobiliza interior paulista para votar em Dilma

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato derrotado no primeiro turno das eleições ao governo de São Paulo por Geraldo Alckmin (PSDB), esteve em Campinas, Hortolândia e Sumaré, no interior paulista, na tarde desta quinta-feira (14), para agradecer a votação no primeiro turno e mobilizar a militância para garantir a vitória de Dilma Rousseff nas urnas no segundo turno. Segundo ele, os eleitos, os reeleitos e os não eleitos têm que "amassar barro". Conforme ele, no dia "31 de outubro será o Bomdilma".
"Metade do eleitorado não votou em Alckmin em São Paulo e 60% não votaram em Serra", comentou ele em Campinas após uma reunião com o prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), que apoia a coligação petista. Mercadante acrescentou que está muito concentrado na campanha para eleger Dilma e que faltou muito pouco para um segundo turno em São Paulo.
Em sua avaliação, a votação é um reflexo da força da militância e o esforço das forças políticas. Mercadante foi o candidato mais votado em Sumaré alcançando 49% dos votos e Alckmin com 37%. Já para a presidência da República, os eleitores da cidade preferiram Dilma, com 48% dos votos, a Serra, que obteve 27%. Em Hortolândia, Mercadante ficou com 57% e Alckmin com 29%; Dilma teve 54%, Marina 23% e Serra, 20%. Em Campinas, Alckmin ficou na frente com 45% e Mercadante com 39%; Dilma obteve 37% dos votos e Serra, 35%.
O senador avalia que o tom da campanha adotada pelo PSDB tomou um rumo de perda de credibilidade. Ao introduzir temas polêmicos no debate, perderam o foco das discussões pertinentes durante o horário eleitoral e nos debates politicos. Questionado sobre o aborto, Mercadante foi enfático. "Esse debate (aborto) mostra o desespero de quem não tem o que apresentar para o País. Deveria ser discutido e tratados outros temas, muito menos o aborto nos palanques".
Segundo Mercadante, esse discurso é retrógrado e não mostra uma campanha propositiva. "O povo vai escolher entre dois projetos para o Brasil: o modelo do PSDB, que teve o governo FHC e o Serra como seu ministro e o nosso, do governo Lula, que teve a Dilma ministra".
"Entendo que ela mudou de partido e de convicção, mas o lado dela é o nosso, ela sabe disso", disse sobre a senadora Marina Silva (PV) quanto à posição da ex-militante do PT sobre a eleição de Dilma. Mercadante disse que a convivência com Marina dura 30 anos, mesma idade do partido, sendo 16 anos deles no parlamento do Senado e sete anos quando Marina atuava no Ministério do Meio Ambiente. "Quando ela apresentava um projeto, o DEM e o PSDB sempre atrapalhavam. Nós que apoiamos, seja o de reserva florestal, código florestal, CTMBio, Instituto Chico Mendes, nós estávamos lá. Por isso, acho que o coração dela também bate do lado esquerdo do peito como o nosso".

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