sexta-feira, 4 de maio de 2012

Lula recebe título de Doutor Honoris Causa no Rio

Thais Leitão e Flávia Villela 
Repórteres da Agência Brasil 

A solenidade de entrega do título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas cinco universidades públicas do Rio de Janeiro foi marcada hoje (4) por homenagens entusiasmadas e manifestações de apoio por parte da plateia formada por estudantes, representantes do meio acadêmico e políticos. O evento, que aconteceu no Teatro João Caetano, no centro da cidade, contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff. Entre os discursos, a presidenta ouviu cobrança pela consolidação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e um inesperado pedido de veto ao novo Código Florestal.

O ex-presidente Lula dedicou o título que recebeu das universidades a todos os que contribuem “com sua inteligência e esforço” para melhorar a qualidade da educação no Brasil, “dando esperança a milhões de jovens e construindo um país mais justo e solidário”.

Em seu discurso, Lula citou alguns programas implementados pelo governo federal para ampliar o acesso de jovens ao ensino superior, como o Programa Universidade para Todos (Prouni), que, segundo ele, possibilitou a entrada de mais um milhão de jovens de baixa renda em universidades.

“Os alunos do Prouni têm se destacado em quase todas as áreas liderando exames do MEC [Ministério da Educação]. Bastou uma chance e a juventude refutou com firmeza o mito elitista de que a qualidade é incompatível com a ampliação de oportunidades”, ressaltou.

O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto de Souza Salles, cobrou, durante seu discurso, a consolidação do Reuni, instituído em 2007 pelo governo federal, e aumento salarial para o magistério.

“Não podemos aceitar que nem o mínimo para professores da rede pública, previsto no Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], de R$ 1.400, não esteja sendo acatado pelos governos dos estados e municípios. Além disso, é inaceitável que um professor titular [de nível superior] em final de carreira, com regime de dedicação exclusiva, ganhe em torno de R$ 11 mil, enquanto um advogado da União ou um auditor fiscal recebe como salário inicial R$ 14 mil”, disse.

Salles acrescentou que para alcançar essas metas é fundamental que haja o repasse de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação até 2020.

Mestre de cerimônia do evento, a atriz Camila Pitanga quebrou o protocolo e pediu à presidenta Dilma que vete o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional. “Eu vou quebrar o protocolo por um instante só para fazer um pedido: Veta, Dilma”, disse.

A presidenta acenou e sorriu para a atriz.

Na porta do teatro, alunos do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Macaé, no norte do estado, em greve há um mês, protestavam contra a falta de professores, de laboratórios adequados e de Hospital Escola para práticas clínicas.

Aluna do 6º período de medicina da UFRJ de Macaé, Carla Guedes Braga, disse que os alunos se sentem abandonados pela reitoria. “Somos fruto do Reuni, que é a expansão da universidade para o interior, e o nosso curso não recebeu os investimentos necessários nem a atenção da gestão da universidade. Estamos há três anos reivindicando uma série de coisas e chegou a um ponto que não podemos mais aguentar e tivemos que vir até aqui para reivindicar por melhorias”, disse.

A assessoria de imprensa do gabinete da reitoria informou que a instituição está em negociação com os estudantes. Alguns professores da UFRJ na capital fluminense devem reforçar o quadro de Macaé. Além disso, serão implementadas melhorias nos laboratórios e fechados convênios com clínicas especializadas para ampliar a prática médica para residentes.

Edição: Fábio Massalli

BB anuncia nova redução de juros para pessoa física



O Banco do Brasil (BB) anunciou na manhã de hoje (4), na capital paulista, uma nova redução nas taxas de juros para pessoa física, e reformulou linhas de crédito que contam com garantia de imóveis ou veículos. É o terceiro anúncio de corte desde o início de abril.

Os clientes que tiverem conta-salário no BB e aderirem ao programa Bom pra Todos não pagarão mais do que 3,94% ao mês em nenhuma modalidade de crédito pessoal, segundo o banco. Para esses clientes, os juros do cheque especial foram reduzidos de 8,31% para 3,94% ao mês, em taxa única. Essa nova taxa vale a partir do dia 10 de maio.

Outra redução no programa Bom pra Todos se refere aos juros de linhas de crédito pessoal (CDC automático e CDC renovação), que tinham taxa máxima de 5,79% e passarão a ter de 3,94% ao mês.

Para clientes que não recebem salário pelo banco e, portanto, não podem aderir ao pacote, a instituição anunciou uma linha de crédito para pessoas físicas com garantia de imóvel próprio, com juros reduzidos de 1,52% a 1,6% ao mês e prazo de pagamento até 180 meses. Essa linha de crédito será disponível, no entanto, apenas para quem tem renda acima de R$ 6 mil. Os clientes podem financiar até 50% do valor do imóvel que está em seu nome.

No caso do cliente que não tem imóvel próprio e com renda inferior a R$ 6 mil, o banco oferece um empréstimo com o veículo usado (com até cinco anos de fabricação) como garantia. Para essa linha, o BB reduziu os juros de 3,2% para 1,58% ao mês (taxa média). Neste caso, o limite financiável será até 70% do valor do veículo, com prazo de até 58 meses e liberação imediata do crédito após aprovada a operação, de acordo com o banco. Essas duas linhas entram em vigor no dia 27 de maio.

Edição: Juliana Andrade

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Governo investe para promover interligação ferroviária entre todas as regiões do país, afirma presidenta Dilma


A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje, na coluna Conversa com a Presidenta, que o governo está realizando investimentos no setor ferroviário para promover interligação ferroviária entre todas as regiões do país. Ela respondeu pergunta de Daniel Muniz de Alvarenga, gestor ambiental em Vespasiano (MG), sobre o uso de ferrovias como alternativas para transporte de longa distância. Segundo a presidenta, em 17 anos, entre 1986 e 2002, foram construídos apenas 215 km de linhas férreas. Nos últimos nove anos, foram entregues 753 km.

“Meu governo tem absoluta convicção da importância das ferrovias. Por isso, temos, hoje, mais de 3 mil km de ferrovias em construção. Estamos em um período de retomada dos investimentos no setor porque queremos, finalmente, promover uma interligação ferroviária entre todas as regiões do país. Além dos trechos em obras, foram concluídos projetos para mais de 3,7 mil km e estão em fase de elaboração estudos e projetos de ferrovias que somam mais 3,5 mil km. Em 17 anos, entre 1986 e 2002, foram construídos apenas 215 km de linhas férreas. Nos últimos nove anos, entregamos 753 km. Com a ampliação da malha que estamos promovendo, haverá uma participação muito mais efetiva das ferrovias na matriz de transportes do Brasil”, disse a presidenta.

Dilma também respondeu o servidor Afonso Ferreira Júnior, morador de Brasília, sobre a ampliação dos limites de faturamento para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. De acordo com a presidenta, a ampliação dos limites abre as portas do Simples e do Microempreendedor Individual (MEI) a novas empresas e permite que empresas e empreendedores já participantes possam crescer sem o risco de perder os benefícios.

“Para os microempreendedores individuais, o limite subiu de R$ 36 mil de faturamento anual para R$ 60 mil; para as microempresas, de R$ 240 mil para R$ 360 mil; e para as empresas de pequeno porte, o limite foi ampliado de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões. E para estimular as exportações das microempresas e empresas de pequeno porte, o limite de faturamento pode até dobrar – passando para R$ 4,8 milhões e R$ 7,2 milhões – se o faturamento adicional vier de vendas para o exterior”, explicou Dilma.

Lindaura Santana da Silva, servidora em São Paulo, perguntou à presidenta se é verdade que o governo transfere dinheiro de impostos para hospitais particulares, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein.

“Na realidade não é isso que acontece. O que há é uma parceria muito produtiva entre o SUS e vários hospitais privados filantrópicos. Essas entidades, além de prestar assistência à saúde, transferem novas tecnologias, novos conhecimentos, experiência em gestão e práticas úteis que são adaptadas à rede pública de saúde. A contrapartida pelos serviços que fornecem é a concessão de incentivos fiscais, como fazemos com as universidades privadas. Esse tipo de parceria existe com dezenas de hospitais. (…) Essa parceria vale a pena: são esses hospitais de excelência que estão nos apoiando, por exemplo, no processo de melhoria da gestão e do atendimento dos principais prontos-socorros públicos do Brasil, no SOS Emergência. Essa associação entre o poder público e o setor privado filantrópico é fundamental para qualificar cada vez mais os serviços prestados pelo SUS, com benefícios para toda a população brasileira”.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Aos 33 anos, Brizola Neto é o ministro mais jovem do governo Dilma


Aos 33 anos, Carlos Daudt Brizola, cujo nome político é Brizola Neto, é o mais jovem ministro do governo da presidenta Dilma Rousseff. Neto do ex-governador Leonel Brizola (morto em 2004), ele nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e está no seu segundo mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro.

“O nome que carrego é uma bandeira. É um símbolo para milhões de pessoas que sonham com um Brasil diferente, com um Brasil com justiça, com trabalho, com progresso para nosso povo. Defender este país é ser nacionalista; defender este povo é ser trabalhista. E lutar por isso a vida inteira, sem jamais esmorecer, é ser Brizola”, define-se o parlamentar em uma autobiografia publicada em seu blog na internet (http://www.tijolaco.com/).

Mesmo sem vencer as últimas eleições parlamentares, em 2010, Brizola Neto voltou à Câmara dos Deputados como suplente do deputado Sergio Zveiter (PSD). Ligado ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), Zveiter deixou a Câmara para assumir a Secretaria de Trabalho e Renda do Rio, cargo que anteriormente era ocupado por Brizola Neto.

Em 2009, Brizola Neto foi líder do PDT na Câmara. Na sua trajetória política, exerceu ainda o cargo de vereador pelo município do Rio de Janeiro, em 2004. No seu blog, ele diz que começou sua vida política, aos 16 anos, ao lado do avô.

Brizola Neto dedica boa parte dos textos publicados na internet para defender as investigações de irregularidades envolvendo o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Cachoeira, o Carlinhos Cachoeira. Além disso, ele apoia a candidatura do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à reeleição e critica a imprensa, a qual considera tendenciosa.

Edição: Talita Cavalcante

Dilma confirma Brizola Neto no Trabalho e diz que ele prestará "grande contribuição ao país”

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Ao confirmar hoje (30) o nome de Brizola Neto (PDT-RJ) como novo ministro do Trabalho, a presidenta Dilma Rousseff disse, em nota, ter confiança de que ele “prestará grande contribuição ao país”. Segundo informações do Palácio do Planalto, a posse do novo ministro deverá ocorrer na quinta-feira (3), às 11h.

Segundo o texto, a presidenta agradece a colaboração do ex-ministro Carlos Lupi e do ministro interino Paulo Roberto Pinto “na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos”.
A decisão foi tomada depois de uma reunião durante a manhã entre o presidente do PDT, Carlos Lupi, a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Estavam na lista da legenda, além de Brizola Neto, o deputado Vieira da Cunha (RS) e o secretário-geral do partido, Manuel Dias. Esses dois eram a preferência do partido.

Edição: Talita Cavalcante