sábado, 11 de fevereiro de 2012

Petistas comemoram 32 anos do partido com a presença de Dilma Rousseff

Iolando Lourenço e Luana Lourenço 
Repórteres da Agência Brasil 

Ao participar ontem (10) da comemoração dos 32 anos do Partido dos Trabalhadores (PT), a presidenta Dilma Rousseff lembrou a trajetória do PT, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reafirmou que o maior compromisso de seu governo é erradicar a miséria e garantir mais oportunidades aos brasileiros pobres.

Dilma ressaltou a diversidade da composição do PT , que segundo ela, “tem sido um estuário das velhas e novas tradições de luta”, e que conseguiu reunir os que resistiram à ditadura militar, sindicalistas, ativistas de direitos humanos, entre outros.

Lula foi lembrado pela presidenta como “filho do povo brasileiro” que representou as esperanças do povo por um país melhor. “Temos orgulho de ter em nossas filas o nosso querido Lula, esse filho do povo brasileiro que nos surpreendeu a todos, ao Brasil e ao mundo, que sintetizou as grandes esperanças da imensa maioria da nossa nação, como lutador, como presidente e como referência nacional e internacional, nos entrega todos os dias uma grande herança, que tenho o orgulho de continuar”.

Ao comentar a “herança” do ex-presidente, Dilma listou avanços econômicos, políticas sociais e o fortalecimento das relações entre o Brasil e os países da América Latina e da África, mas disse que o governo ainda tem pela frente o desafio de acabar com a desigualdade. “Tivemos avanços, mas não somos partido de nos contentarmos com o que até aqui foi logrado, achamos que é possível mais, avançar mais. A verdadeira mudança social não deve se resumir à passagem das pessoas da classe D ou E para a classe C, tem que se traduzir em um movimento mais profundo de caráter social”.

A presidenta também destacou a importância de priorizar a educação dando oportunidades a todos. “Não se pode perder de vista que é necessário também construir uma sociedade de homens e mulheres educados, fruto de oportunidades obtidas no presente, capazes de construir o próprio futuro e o futuro do país”.

Dilma também falou sobre o trabalho da base aliada no Congresso Nacional, destacando que chegou ao poder graças a um projeto político nacional, apoiado por vários partidos. “Essa coalizão tem se revelado leal e eficaz na tarefa de transformar o Brasil. Sou agradecida à base, mas esse também é um governo do PT, seu principal partido de sustentação e, por isso, grande responsável pelo sucesso e eventuais insucessos do meu governo”, disse.

A presidenta convocou militantes, intelectuais, pensadores a ajudar na construção de um Brasil mais justo, com mudanças estruturais e também com movimentação de ideias. “Uma grande transformação está em curso no Brasil e deve ser acompanhada de um grande movimento de ideias”. De acordo com ela, não há mudança social sem mudança cultural.

O ex-presidente Lula, que não pode comparecer à comemoração porque está em fase final de tratamento de um câncer na laringe, enviou uma mensagem aos petistas, rememorando a trajetória do Partido dos Trabalhadores, seus feitos, e agradecendo a militância. Lida pelo presidente do PT, Rui Falcão, a mensagem de Lula destacou a participação da legenda no processo que levou à redemocratização do país e o “modo petista de governar”, que tem segundo ele, tem transformado o país.

“Nosso projeto transformador, hoje sob liderança de Dilma, segue de vento em popa. Além de consolidar as conquistas do período precedente, ela também está dotando o país de novos objetivos estratégicos, metas econômicas, políticas, sociais e culturais, que pavimentam o caminho para o futuro”.

Falcão também destacou a importância da militância na história do PT e conclamou os filiados a atuar firmes nas campanhas eleitorais deste ano. Segundo ele, o partido vai trabalhar para continuar com o que tem, reconquistar o que perdeu e ganhar novos espaços nas eleições municipais.

A comemoração dos 32 anos do PT contou com as presenças de 18 ministros do governo Dilma, do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, do presidente da Câmara, Marco Maia, do presidente da Central Única dos Trabalhadores, Arthur Henrique, de líderes da base governista, representantes de outras legendas de apoio ao governo e figuras emblemáticas do partido, como os ex-presidentes da legenda, José Genoíno, Marco Aurélio Garcia, Ricardo Berzoini e José Dirceu. O prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi o único recebido sob vaias da plateia petista.

A festa petista homenageou o filiado número um do partido, o ex-militante comunista Apolônio de Carvalho, que completaria 100 anos esta semana, com a exibição de um vídeo com a trajetória do fundador e saudações à viúva Renée de Carvalho. A maioria dos oradores recordou os feitos de Apolônio e sua importância para o Partido dos Trabalhadores.

Compareceram à solenidade governadores petistas, senadores, deputados, prefeitos, vereadores e militantes de todo o território nacional. Ao término da solenidade, foi cantado o tradicional “parabéns” pelo aniversário do PT, a presidenta Dilma partiu um bolo e todos brindaram com espumante do Rio Grande do Sul.

Edição: Aécio Amado

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobra nos últimos cinco anos

No final de 2011, setor tinha 2,7 milhões de trabalhadores com carteira em todo País

A quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor da construção civil dobrou nos últimos cinco anos. Eles eram 1,3 milhão em janeiro de 2006 e passaram a ser 2,7 milhões em dezembro de 2011, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

Outros três setores estiveram acima da média de crescimento total, segundo a mesma comparação: a mineração, comércio e serviços empregaram em torno de 50% mais, um pouco acima dos 40% apurados para o total do aumento do emprego celetista: de 26,8 milhões no início de 2006 para 37,8 milhões em dezembro passado. 

No acumulado ano a ano, durante o período, todos os setores apresentaram saldos positivos (veja gráfico).
Construção - De acordo com o MTE, o fato da expansão nas construtoras ser maior se deve a políticas públicas como o aumento do financiamento habitacional, as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o programa Minha Casa, Minha Vida e os investimentos previstos por conta dos eventos esportivos Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016. Além disso, toda a ampliação industrial ou comercial implica mais galpões, lojas, escritórios e fábricas.

Somando os setores de atividade econômica, o País chegou ao final de dezembro passado com estoque de 37.887.47 empregos celetistas. Destes, 15.317.702 referem-se ao setor de serviços; 8.506.686, comércio; 8.215.134, indústria da transformação; 1.571.221, agropecuária; 914.374, administração pública; 391.800, serviços de utilidade pública; e 208.397,  extrativa mineral.

Caged - Em 2011, a Construção Civil foi responsável pela criação de 222.897 empregos com carteira assinada, registrando o maior crescimento relativo entre os setores, com elevação de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010.

Os estados que geraram o maior número de empregos com carteira assinada foram São Paulo (41.191); Rio de Janeiro (37.026) e Pernambuco (21.211).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Aumento do emprego e da renda é o motor do crescimento sustentável, diz presidenta Dilma

A geração de emprego, com aumento da renda das famílias, é o motor do crescimento sustentável, avaliou a presidenta Dilma Rousseff no programa Café com a Presidenta transmitido hoje (6). Segundo ela, esse é o segredo do sucesso da economia brasileira. O mercado de trabalho, afirmou, teve um “excelente desempenho” em 2011 com a criação de quase dois milhões de empregos com carteira assinada. O desemprego no Brasil, acrescentou a presidenta Dilma, atingiu o nível mais baixo dos últimos dez anos e chegou, em dezembro, a 4,7% – um recorde histórico.

As pessoas melhoram de vida, podem consumir mais; a indústria e o comércio crescem, aumentam o investimento, a produtividade e, assim, construímos um Brasil com mais oportunidades para todos. É o que a gente diz sempre: a roda da economia está girando e vai continuar girando, porque a maior força do Brasil é o seu povo, disse.

A presidenta Dilma afirmou que o setor de serviços contratou, em 2011, 925 mil trabalhadores e 452 mil vagas foram abertas no comércio. Na construção civil foram criados 223 mil novos empregos só no ano passado. No setor, o número de trabalhadores com carteira assinada praticamente dobrou nos últimos cinco anos, informou a presidenta. Se, em dezembro de 2006, a construção civil tinha 1,393 milhão de trabalhadores formais, em dezembro de 2011, eram 2,732 milhão de empregados. 


Também em 2011 o salário inicial do trabalhador com carteira assinada aumentou, em média, 3,12% acima da inflação na comparação com 2010. Na construção, o aumento foi de 37% acima da inflação nos últimos cinco anos.

Esse aquecimento da construção civil está muito ligado aos investimentos do governo nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, e no Minha Casa Minha Vida, que estão movimentando a economia e gerando mais oportunidades de empregos com melhores salários em todo o Brasil, explicou.



E para garantir o acesso do trabalhador ao mercado em expansão, o governo criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), acrescentou a presidenta Dilma. Segundo ela, este ano, serão criadas mais de 1,160 milhão de vagas em curso de qualificação, nas áreas de construção civil, informática, mecânica, turismo, auxiliar de enfermagem e muitas outras áreas.

Eles serão realizados em parceria com o Senai, o Senac e as escolas técnicas federais, que têm experiência na oferta de cursos de qualificação de boa qualidade.

Ouça abaixo a íntegra do Café com a Presidenta:

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Número de donas de casa que contribuem para a Previdência aumenta quase dez vezes

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

O número de donas de casa de baixa renda que contribuem para a Previdência Social aumentou de 5.528 para 52.040 entre os meses de outubro e dezembro do ano passado. Desde outubro de 2011, as donas de casa de famílias de baixa renda podem contribuir para a Previdência Social pagando uma alíquota de 5% sobre o salário mínimo (R$ 31,1), de acordo com a Lei 12.470.

O programa beneficia quem se dedica somente ao trabalho doméstico. Os estados com o maior número de donas de casa que se tornaram seguradas da Previdência Social foram São Paulo (10.232), Minas Gerais (8.672) e o Rio de Janeiro (5.492).

Os contribuintes têm direito a benefícios como aposentadoria por idade e por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão. Para ter direito ao benefício, a família deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e ter renda familiar até dois salários mínimos. A inscrição é feita pelo telefone 135.

Edição: Juliana Andrade

A semana em imagens (29/01 a 03/02)